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Proposta Pedagógica

Ensinamentos atemporais num mundo em transição

 

Quem entra numa sala de aula montessoriana encontra crianças espalhadas, sozinhas ou em pequenos grupos, concentradas nos exercícios. Elas são de idades diferentes e agrupadas em uma mesma turma, que segue um programa único, com conteúdos diferenciados, em níveis distintos. São livres para agir sobre objetos e materiais, ou seja, são sujeitos da sua própria aprendizagem, elas se ajudam mutuamente, de acordo com o que é pré-estabelecido por uma agenda, pelo nível de aprendizagem e orientados pelo professor. A educadora Maria Montessori concebia sua escola como local onde se privilegia a diversidade, se respeita a individualidade e se observa, com naturalidade, as diferenças. 

Agrupamento na Pedagogia Montessoriana tem a função de:

  • Permitir a reprodução do esquema social no qual o aluno está inserido – a família e a sociedade.

  • Favorecer o respeito às diferenças individuais como diferenças e não falhas ou carências.

  • Permitir subagrupamentos, de acordo com os interesses, níveis de aprendizagem, maturidade.

  • Propiciar modelos diferentes, em diferentes níveis que favorecem o crescimento individual.

  • Propiciar experiências em que se evidenciem situações de sucesso.

  • Flexibilizar os parâmetros de comparação.

  • Possibilitar o enriquecimento das relações afetivas.

  • Compartilhar os papéis de aprendente – ensinante.

  • Provocar a desestabilização do conhecimento e apoiar a acomodação.

  • Flexibilizar os limites de atuação dos profissionais envolvidos no processo de aprendizagem.

  • Atender aos princípios da movimentação e do respeito a regras e limites impostos ao convívio de grupo pelo próprio grupo.

  • Garantir que o material necessário esteja presente em sala para atender aos diversos níveis e ritmos de aprendizagem e instigar a curiosidade.

  • Possibilitar a prática do conhecimento em situações reais do cotidiano.

  • Permitir o percurso da apreensão do conceito à sua estruturação (do concreto ao abstrato). Possibilitar que o aluno passe pelas mudanças de papéis, variando do menos competente no primeiro ano para mais competente ao final do ciclo, retornando ao primeiro papel no agrupamento seguinte. Essa vivência lhe dará a flexibilidade necessária ao mercado de trabalho da atualidade, desenvolvendo a adaptabilidade.

Nido I - 4 a 18 meses

“Nido” em italiano significa ninho, espaço de acolhida e proteção para crescer, numa escola Montessori “Nido” é a escola de acolhimento para os pequeninos. 

".... a mente absorvente da criança pequena encontra todos nutrientes em seus arredores.  Tem que se localizar, e construir-se do que é preciso, especialmente no início da vida, devemos, por isso, tornar o ambiente tão interessante e atraente quanto possível" (Maria Montessori). A escola de zero a três anos constitui uma das primeiras experiências da criança num sistema organizado, exterior ao seu círculo familiar, onde será integrada e desenvolverá determinadas competências e habilidades.

Nido II - 18 a 30 meses

Pensar numa rotina eficiente, para crianças pequenas, exige coordenar a intenção de cuidar com o ato de educar, suprindo as necessidades biológicas como sono alimentação e higiene que são tão importantes quanto as afetivas, motoras, cognitivas e sócio emocionais, portanto , o ambiente da escola de Bebês ( Nido) caracteriza-se como um ambiente acolhedor e preparado para as aprendizagens próprias de cada faixa etária.

Agrupada I - 2 a 3 anos

Neste período do desenvolvimento, a criança explora seu mundo através das percepções. É através dos sentidos que ela capta as impressões do mundo e as arquiva em seu cérebro. 

Quando recebe um ambiente preparado para o seu desenvolvimento, é propiciada a união do corpo e da mente, pois todas as experiências motoras e sensoriais estão implícitas nele.  

É um mundo especial que contêm objetos que se distinguem pela cor, forma, tamanho, textura, sabor, odor etc.. 

 Percebendo as diferentes peculiaridades do mundo em que vive, a criança começa a ordenar suas experiências, dando a elas um significado. Este é o primeiro passo para o pensamento lógico (formação de conceitos), em que se baseia todo o desenvolvimento da mente matemática para o aprimoramento da aprendizagem.

Agrupada II - 4 a 5 anos

Nesta fase do desenvolvimento, a criança produz a sua própria aprendizagem, através da exploração e absorção do ambiente que a circunda.

Observa-se uma ação intencional em que o movimento e a linguagem tornam-se importantes.  

Surge uma grande conquista, a leitura e a escrita, o conhecimento das ciências biológicas e da matemática.

Os ambientes são preparados cientificamente para despertarem a curiosidade da criança que, diante de vários materiais, aprimoram a cultura que está formalmente visível na sala de aula.

É um currículo organizado para o desenvolvimento das habilidades e competências, onde o respeito à individualidade e o ritmo de cada são levados em conta.

Agrupada III - 6 a 7 anos e Agrupada IV - 8 a 10 anos

Neste estágio do desenvolvimento a criança passa a interessar-se pelo mundo e começa a procurar por aquilo que deve fazer.

Desempenham simultaneamente o papel de observadores e participantes, num contexto de relações interpessoais, baseadas no respeito mútuo e na confiança.

Nesta faixa etária se dá a entrada no mundo da abstração, por meio do qual a criança passa a relacionar os fatos à razão, preocupando-se com o "como" e com o "por quê" das coisas, estabelecendo possibilidades de aprendizagem num contexto sócio-cultural.

Fundamental 1º Ciclo -

5º ano

O vínculo do aluno com o conhecimento é desafiador nesta fase, pois é o início da adolescência.

Neste período, é essencial o desenvolvimento do potencial criativo, a iniciativa, a independência, a disciplina interna e a confiança em si mesmo. 

O ambiente de trabalho, a sala de aula, precisa conter normas claras e justas para acontecerem aprendizagens significativas e harmoniosas, no processo ensino-aprendizagem.

Período de constante busca do conhecimento, da pesquisa, da elaboração e da resolução de problemas, da composição e das expectativas nos resultados constrói um processo dinâmico do conhecimento.

Uma sala de aula em que se propicia relações que constroem significados e princípios éticos num trabalho de equipe, buscando interagir com experiências culturais, vividas no dia a dia da escola.

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